quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Moto ou scooter?

Olá amigos,




Yamaha - RX 125
Em 1983 tive meu primeiro contato com uma motocicleta. Meu irmão mais velho, saudoso Plácido Antonio (falecido), comprou uma Yamaha RX 125 que eu achava o máximo (igual a essa da foto). Naquela época eu andava muito de bicicleta, era meu transporte principal, então o assunto "duas rodas" era apaixonante.

No entanto, como eu era pivete, meu irmão não me emprestava a moto. Como ele usava pra trabalhar, no fim de semana ela estava imunda. Ele me botava pra lavar a Rx-zinha e só assim eu conseguia dar uma volta na rua onde a gente morava, no bairro de Fátima, aqui em Fortaleza mesmo.

Era só ir até a esquina e voltar uma única vez kkkk, mas era bom demais. Eu ia beeeeem devagar pra o passeio demorar ao máximo.

Yamaha - RX 180
Depois dela, ele possuiu uma RX180 (Yamaha), que era uma super moto. Naquele tempo, as motos de maior cilindrada não eram muito acessíveis. Naquele período também eram populares a  Honda 400/450 (que era um verdadeiro tanque de guerra) e da XL 250 (mas essas eram meio caras).

Depois da RX 180 ele comprou uma Yamaha TT125, que ele acabou me dando e essa foi minha primeira moto. Estava toda acabadinha mas era minha. Isso provavelmente ocorreu em 1987. Eu ia pra faculdade na TT125 (Unifor), e fazia fumaça demaaaaais kkkkk. Minha mãe custeou a recuperação da moto na oficina do
Yamaha TT125
"Fininho", que ficava ao lado da Italpeças (única revenda Yamaha que existia em Fortaleza por muitos anos).

Mas era meu transporte e eu adorava aquela moto. Eu achava o máximo o design off road dessa pequena moto de 2 tempos. Quando eu estava a 5 quarteirões de casa o cachorro já sabia que era eu, porque o barulho do escapamento era muito alto, kkkk.

Depois desse período já andei em tanta moto que nem lembro direito. 

Honda XRE 300
Tive uma RX125 bem parecida com a primeira moto do meu irmão, uma Agrale 16.5 vermelha refrigerada à água, uma Honda 400cc (caindo aos pedaços rsrs), uma Honda biz (pouquíssimo tempo) uma Yamaha RD 135, uma Honda CG 125, uma Honda Titan, duas Honda Twister 250, uma Honda XRE 300.

Minha XRE 300 dourada era uma máquina e tanto. Tanto tinha presença, como motor. A moto era linda mesmo, tanto que a Honda ainda está fazendo com o desenho praticamente igual. Fiz uma viagem sozinho nessa moto pelo litoral do Ceará, que foi inesquecível, encarando asfalto e areia, na boa, sem nenhum problema, só alegria. Uma fera, mesmo com pneu misto nas dunas. Mas tinha que saber acelerar. 

Aí meus amigos, quando as cilindradas estavam começando a aumentar, eu tive que fazer um downgrade kkkk .... família crescendo; os investimentos e o foco tinham de ser outros.

Os carros voltaram a ser prioridade pra transportar todo mundo de casa. Mesmo assim, mantive sempre uma moto na garagem pra não perder o laço com as duas rodas.

Suzuki Yes 125 se
Minha penúltima moto foi uma Suzuki Yes 125SE e, por conta do dia a dia, transporte de menino pro colégio, etc, eu andava pouquíssimo na bichinha.

No entanto, mesmo estando parada, a moto vai se acabando do mesmo jeito. São outros fatores: bateria que não carrega por falta de uso, poeira que vai incrustrando e criando ferrugem nas partes cromadas; gasolina que vai ficando velha, sujando tanque e entupindo carburador .... bom, é um saco ficar só fazendo manutenção sem usar.

Aí começou o dilema de vender a moto. Comecei a botar na cabeça de vender a Suzuki, vender, vender, vender e percebi que o dinheiro que pagariam não compensava, era melhor ficar com ela guardada. Até que, quando já tinha quase desistido, fui numa revenda Suzuki e recebi uma boa avaliação. O detalhe é que a avaliação era na troca por uma nova kkkkk.

Como eu tinha acabado de trocar de carro (e a moto ia ficar apenas para pequenos percursos, só pra diversão mesmo) fiquei numa dúvida danada do que escolher.

Eu só tinha na cabeça que não queria gastar demais, afinal o "dinheiro" ia ficar mais tempo parado na garagem que rodando, então pensei: vou pegar uma coisa diferente. Eu sempre tive vontade de andar de scooter, mas não tinha coragem de comprar uma porque pensava: - Essas "lambretinhas" não devem prestar.

Nada é unanimidade e eu sempre tenho na cabaça que há opinião pra tudo; então, nesses assuntos, preciso levar em consideração a opinião da maioria (se tiver fundamento) e tomar a decisão. 

Aí então comecei a pesquisar e constatei que as reclamações eram menores que os elogios feitos à scooter Burgman 125i, da Suzuki.

Suzuki Burgman 125i
Pesquisei bastante mesmo. Os primeiros modelos, com carburador, os novos com injeção eletrônica, levei em consideração o uso que eu pretendia dar à moto que ia comprar e acabei gastando mais um pouco e adquirindo uma "lambretinha" rsrs.

Tem pouco tempo de uso. Estou completando a primeira semana, em pequenos percursos, mas estou achando ótima.

A saída dela no sinal é muito boa: bom troque e não fica atrás de nenhuma outra.

Super macia. A vibração do motor é quase imperceptível, bem menor que qualquer uma das motos que eu já tinha usado. 

Painel da "Burguiminha"
Os espaços para levar pequenas bagagens também facilitam minha vida. Seja embaixo do banco, seja no pequeno "porta luvas" que tem na frente, ou mesmo no gancho pra carregar sacolas, você nunca precisa ficar com os bolsos cheios (da pra guardar carteira, celular, livro, paletó, etc.).

O design dela é muito bonito mesmo (e a cor ajuda na visualização pelos motoristas de carro).

Uma coisa que sempre me preocupou foi sofrer uma colisão lateral de um automóvel e quebrar ou esmagar a perna. Na scooter esse problema de esmagamento é mais difícil, porque suas pernas estão dentro de um vão, livre; não tem o tanque e o motor pra fazer um sanduíche com o pará-choque do carro.

Passar marcha numa moto, pra quem está acostumado, é coisa automática. A gente até prefere, pra ganhar giros de aceleração, reduzir na hora que quiser e tal, mas a opção de apenas acelerar também é muito legal, estou gostando.

Só tenho três reclamações por enquanto: 

  • a) os freios são meio borrachudos mesmo, como falavam nas pesquisas que fiz. Não adianta apertar porque o tempo de resposta deles é bem mais lento, então você tem que andar de olho láaaaa na frente e antecipar suas decisões;
  • b) a retomada de velocidade é mais lenta realmente. se estiver andando rápido e diminuir, a retomada vai ser mais lenta. Acredito que seja por causa do câmbio automático. Você não pode pular pra uma redução, então tem que esperar o motor crescer por conta dele mesmo.
  • c) No começo você sofre um pouco com os buracos, até lembrar que os pneus são menores e precisa desviar com mais freqüência das irregularidades da pista. Já estou quase acostumado com isso.


No mais estou adorando. O banco é super confortável, é fácil levantar ela no cavalete central, a trava de direção e do banco são no mesmo local e isso facilita as coisas. Mesmo amaciando o motor estou percebendo que o consumo dela é baixo (ou seja, a amarelinha é mesmo econômica como falavam nas pesquisas).

Amigos, por enquanto é só! Depois a gente fala mais de motos e scooters.

Pra quem gosta de Scooter, vale a pena olhar Gosto de Scooters, Scooter Diário e (no face) Scooter no faceBurgman 125i no face

***** relendo este post hoje (01/jun/2017) percebi que deixei de falar das duas Twister 250cc da Honda que já fizeram parte da minha vida. Pois é, teve essas duas também hehehehehe.

2 comentários:

  1. Legal cara!!!! muito bom rever a história das motos que o Plácido teve como a velha RX 125 igual a da foto, a TT que tú herdou e as tuas mesmo, como aquela RX 180 que eu nem me lembrava mais dela, relembrar realmente é viver. Bonito texto. Parabéns!!!

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