segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Bicicleta: divertimento, transporte e saúde (Parte 2)

Olá!!!

Na primeira parte deste post sobre o uso da bicicleta, falamos do divertimento que a bicicleta inspira, desde a infância. Digo "desde a infância" porque mesmo após a adolescência e durante a fase adulta, o divertimento continua, rsrs, claro.

Mas a bike, além de divertimento, também é um meio de transporte.

Atualmente se verifica um acentuado crescimento do número de pessoas da classe média que usam a bike para algo mais que se divertir: - Um meio de transporte.

Segundo Reginaldo Paiva, presidente da comissão de bicicletas da Associação Nacional de Transporte Público, "As pessoas começaram a perceber que a cidade parou. Para quem se desloca em pequenas distâncias, a bicicleta é imbatível"

Apesar de todas as vantagens que o uso da bike importa, apenas 7% da população brasileira se utiliza dela como principal meio de transporte, o que é uma pena, uma vez que o governo federal está incentivando a implementação de uma política nacional de mobilidade urbana, com grande destaque para o uso da bike, inclusive com financiamentos aos municípios.

Mas chega de falar de números, vou direto ao assunto: EU VOU DE BIKE PARA O TRABALHO rsrsrs.

Desenvolvo minha atividade profissional na área jurídica e, por isso, devo andar de paletó na maioria do tempo. Isso dificultou muito minha decisão. Como usar paletó de bike, em Fortaleza, com tanto calor?

É claro que fiquei pensando: - O que será que vão falar, ou pensar, quando eu chegar todo arrumado de bicicleta no trabalho? 

Lógico que pensei e fiquei preocupado. Tenho 45 anos, uma boa carreira profissional e há muito tempo ia trabalhar de carro. Sem dúvida, quando a idéia surgiu, rolou uma preocupação com a imagem. A idade, nessas horas faz a diferença. A gente descobre que está bem resolvido e não precisa mais provar nada pra ninguém. Quer viver bem e pronto.

Ando muito feliz com minha (nova) vida pós-cirurgia, com meu condicionamento físico cada vez melhor e isso também pesou na minha decisão.

Este sou eu quando comecei a ir trabalhar de bike
Sendo assim, aliado ao fato de ter voltado a andar de bike naqueles passeios em grupo (noturnos) um ano antes da minha tão falada cirurgia, e também porque moro bem perto do local de trabalho (2,5km), fiz a opção e comecei a pedalar pro trabalho há pouco mais de dois meses.

Para minha surpresa a repercussão foi excelente!!! Só elogios. Inclusive muita gente se inspirou, apesar de ainda não ter começado a pedalar.

Pra resolver o problema do paletó, deixo logo o blazer no trabalho rsrs.

Como disse, a distância de casa ao trabalho é de apenas 2,5km mas tenho filho no colégio, então uso o carro para levar, em seguida volto para casa, pego a bike e vou trabalhar; meio dia volto de bike pra casa, pego o carro e vou buscar ele no colégio. Depois do almoço vou pro trabalho de bike de novo e volto. Dá mais trabalho, mas eu aproveito pra fazer mais exercício, a idéia é essa, rsrs.

No primeiro mês eu estava usando essa Caloi Comfort. Infelizmente não tem bicicletário onde trabalho, então eu tinha que deixá-la presa num poste, levando sol e chuva. Gosto muito dessa bike pra vê-la se acabar assim. Dessa forma resolvi procurar uma dobrável para tentar guardar dentro do prédio onde trabalho.


O preço das dobráveis não é muito convidativo, especialmente as de alumínio. Pesquisei e acabei optando por uma Soul D-60, essa da foto acima (a minha é preta, como essa dobrada ao lado).

A diferença de peso entre uma com quadro de alumínio e uma com quadro de aço carbono não é tão grande assim, mas a diferença de preço é.


Gostei demais dessa bike. Ela é leve, com 6 velocidades (o suficiente para transporte urbano), guidão bem curto (que facilita a passagem entre os carros), freios eficientes, refletores, facilidade de dobrar, segurança dos mecanismos de dobra, etc. A única mudança que fiz foi o selim. O original é muito duro e desconfortável, haja bunda e coluna. Comprei um selim Tito em Gel com amortecimento em borracha (elastômero) e ficou excelente! Parece outra bicicleta!

Dobrada ela fica como na foto acima e está sendo guardada debaixo da bancada do refeitório, dentro do prédio, bem mais protegida que a minha Caloi, que está sendo usada para os passeios noturnos e alguns off-roads rsrs.

Acrescentei um alforge Deuter (10 litros) preso no bagageiro que veio na bike. O tamalho do alforge foi ideal para o bagageiro. Comprei pela internet porque em Fortaleza não tem em lugar nenhum e era preciso um lugar pra levar algumas coisas (mochila não é uma boa opção porque as costas ficam suadas). Comprei por um preço ótimo através do site Mercado Livre.

Apesar do aro 20, ela é estável. Coloquei um Cycling Computer Serfas 1.1. e medi minha velocidade média de viagem: 16km/h. Marquei a velocidade máxima pedalando, sem muito esforço, de 42km/h.

Detalhe, esse relógio Serfas vem com duas bases, ou seja, se você tiver duas bikes pode instalar uma base em cada uma, tirar o relógio de uma e colocar na outra.

Pra uma bike aro 20, com apenas 6 velocidades no câmbio, que se destina ao transporte em pequenas e médias distâncias, tá bom demais.

Me livrei de um engarrafamento diário onde invariavelmente eu perdia de 30 a 40 minutos todo dia, na hora do almoço e/ou no final do expediente. Faço meu percurso numa média de 8 minutos e meio. Quanta diferença hein!

Além disso, vou fazer uma grande economia de combustível, pneus, óleo, suspensão, economia de neurônios (stress do engarrafamento). Acima de tudo, menos um carro emitindo gás carbônico na rua.

Espero usar cada vez menos o carro e cada vez mais a bike pro trabalho.

O uso de bicicleta em pessoas com mais idade não traz qualquer malefĩcio. 

Veja os vídeos abaixo, você vai gostar (Ciclovias para cidades que queremos, parte 01 e 02)

Use capacete!!! Recomendo também a leitura do Guia "bike pro trabalho", é bem legal.

Abraço a todos,

Petrus.



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